Os servidores técnicos e professores do Instituto Federal da Paraíba (IFPB)–Campus Guarabira decidiram em assembleia, nesta quinta (13), entrar em greve por tempo indeterminado a partir da próxima quarta-feira (19), em protesto contra as medidas recentemente anunciadas pelo governo Temer que afetam a educação. O campus é o primeiro dos 19 centros educacionais espalhados pelo estado a deflagrar o movimento.
Algumas das razões alegadas foram os efeitos da PEC 241, já aprovada em 1° turno na Câmara dos Deputados, que limita os repasses do Governo Federal e congela salários e progressões profissionais por 20 anos, o movimento Escola Sem Partido e o PL 257 (já aprovado), que dispõe sobre a renegociação das dívidas dos Estados e do Distrito Federal em troca de menor repasse para os setores públicos.
“Esta não é uma greve por salário, e sim pela sobrevivência da educação pública brasileira. Estamos assistindo dia a dia à extinção e sucateamento de programas sociais essenciais, resultados da luta popular construída ao longo de décadas”, conclama Leewertton Marreiro, coordenador local do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica da Paraíba (Sintef-PB).
“Precisamos frear o desmonte progressivo do Estado. A PEC 241 não significa apenas um ataque contra a educação, e sim, a toda a sociedade brasileira, na medida em que priva as gerações futuras do sonho de ter uma educação, saúde e assistência social de qualidade. Não queremos nenhum direito a mais – apenas a garantia de não ter nenhum a menos”, compara o professor de Filosofia Michel Pordeus, da comissão de greve.
A partir da próxima segunda (17), a comissão se reúne para definir o calendário de mobilizações com os demais campi e a comunidade acadêmica. Os alunos terão aulas normalmente até a terça (18).
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Fonte:PB Agora
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