Com menos de 14% de sua capacidade, o açude Epitácio Pessoa em Boqueirão, vive um dos piores momentos dos seus mais de 50 anos de história. O açude responsável pelo abastecimento de Campina Grande e mais 19 municípios do Compartimento da Borborema, atingiu essa semana, o volume mais baixo nos últimos 10 anos. O risco de um colapso no sistema de abastecimento não é descartado pela Cagepa.
O senador José Maranhão (PMDB), em reunião com professores da UFCG, Campus I, alertou para as consequência da seca na Região. Responsável pela construção da barragem de Acauã, Maranhão enfatizou junto aos docentes que a situação hídrica do Estado é “dificílima”, e que a única solução efetiva é “apressar” as obras de transposição do Rio São Francisco.
Ele citou que os estudos que estão em poder do governo federal apontam que a região ainda terá dois anos de estiagem intensa. Maranhão qualificou como um “blefe” a proposta que alguns técnicos fizeram à presidente Dilma, de perfuração de poços profundos na região de Campina.
Em entrevista a Rádio Caturité AM, Maranhão apontou que esse é o assunto mais preocupante do momento, já que estão previstos mais dois anos de seca. Ele ainda comentou que é um erro colocar a crise econômica como causa da crise hídrica e mencionou a importância da aceleração da transposição do rio São Francisco.
– O grande problema da economia nacional é que a gente não quer entender que o Brasil precisa dominar as ciências – destacou.
Na ultima aferição da AESA, o manancial havia atingido a carga de 61.492.338 milhões de metros cúbicos de água acumulada, o que corresponde apenas 14,9% da sua capacidade que é de 411.686.287 milhões de metros cúbicos. É a pior média dos últimos 10 anos, e o risco de colapso no sistema de abastecimento não está descartado. Por conta da queda no volume de água de Boqueirão, a Companhia de Água e Esgoto da Paraíba (CAGEPA), já decidiu ampliar o racionamento em Campina Grande.
O pior nível de armazenado de água registrado no Açude Boqueirão foi no ano de 1999, quando o Estado vivenciou uma de suas maiores secas e o manancial chegou aos 14% de capacidade. Construído pelo o Departamento Nacional de Obras contra a Seca (DNOCS) há mais de 50 anos, o reservatório é gerido pela Agência Nacional das Águas (ANA) e (Dnocs) no âmbito do governo federal, e pela Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa) e Cagepa, no governo estadual.
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Fonte:PBAgora
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