Cerca de 50 mil agricultores e seus familiares paraibanos deverão ser beneficiados com a implantação de duas mil barragens subterrâneas pela Secretaria Estadual de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento do Semiárido a partir de agosto, em parceria com 197 prefeituras.
Mas apenas no próximo inverno, quando ocorrerem as chuvas, a população poderá usufruir dos benefícios das barragens. A iniciativa é uma das ações do Plano Emergencial de Enfrentamento à Estiagem e terá um custo de cerca de R$ 6 milhões.
Ontem pela manhã, as secretarias Desenvolvimento e Articulação e Agricultura Familiar e do Desenvolvimento do Semiárido realizaram um encontro em Campina Grande para reunir cerca 50 prefeitos e secretários municipais de agricultura do compartimento da Borborema para explicar como acorrerá o processo de adesão ao Plano Emergencial de Enfrentamento à Estiagem e a definição de quantas barragens cada município receberá. Nas próximas semanas, ocorrerão encontros semelhantes em Patos, Sousa, Bananeiras e Sumé.
O secretário de articulação municipal, Waldson Sousa, disse que entre os critérios que serão considerados estão a população e a viabilidade técnica para a implantação das barragens. “Isso pode variar em cada município”. O secretário de agricultura familiar foi mais otimista e estimou que pelo menos metade das 100 mil famílias cadastradas pelo Programa Seguro Safra poderão ser beneficiadas.
A adesão das prefeituras ao Plano Emergencial de Enfrentamento à Estiagem como condição de acesso às barragens é necessária porque vincula sua contrapartida nas obras, através da utilização das máquinas fornecidas pelo Programa de Acelaração do Crescimento-PAC. Apenas os municípios que estão em estado de emergência poderão ser beneficiados.
O início das obras de implantação das barragens tem previsão para a primeira quinzena de agosto, já que o prazo final de adesão das prefeituras é o dia 10 de agosto. As obras também incluem a implantação de poços amazonas e alguns sistemas de irrigação para áreas delimitadas. Os prefeitos que participaram da reunião de ontem aprovaram a iniciativa do governo do Estado. Wilton Marques, de Aroeiras, disse que as barragens serão um auxílio importante para os agricultores, mesmo depois de três anos seguidos de seca. O prefeito de Lagoa Seca, José Tadeu, disse que o município necessita de pelo menos uma dezenas dessas obras, por não dispor de um grande manancial de abastecimento.
BARRAGENS A construção das barragens subterrâneas inclue a escavação de uma vala de 4 metros de profundidade por 1,20 metros de largura e 50 metros de comprimento em média e aterramento após colocação da lona plástica. Em seguida, é realizada a escavação para instalação dos anéis do poço amazonas com quatro metros de profundidade. O Estado fornecerá, para cada barragem, 50 metros de lona plástica e 10 anéis em concreto pré-moldado e tampa em concreto pré-moldado para o poço.
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Fonte:Araruna1 Redação
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