COMANDOS DE GREVE DE UFPB E UFCG DISCUTEM GREVE NESTA QUARTA (25). PROPOSTA NÃO AGRADOU PROFESSORES DA INTITUIÇÕES FEDERAIS DA PARAÍBA.
Após proposta feita pelo governo federal, na noite da terça-feira (24), o comando de greve dos professores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) definirão o rumo da greve no estado nesta quarta-feira (25). Para discutir se a proposta ainda pode ser melhorada, a
Associação dos Docentes da Universidade Federal de Campina Grande (AdufCG) está reunida na manhã desta quarta. Com o mesmo objetivo, a Associação dos Docentes da Universidade Federal da Paraíba (AdufPB), se reunirá no turno da tarde.
O presidente da AdufPB, Ricardo Lucena, adiantou que dificilmente sairá uma definição nesta semana, que “assim como a semana passada, deve ser reservada apenas para discussões”. Uma assembleia entre os professores da UFPB e um ato público estão marcados para a próxima quinta (26), no Campus de João Pessoa. Em Campina Grande, a assembleia com toda a classe será definida no final da manhã desta quarta, após a reunião com o comando de greve da AdufCG.
Para Ricardo Lucena, a proposta, ainda que tenha atendido parte das reivindicações salariais, não tocou na discussão principal da classe, a progressão da carreira. “A proposta avança em alguns pontos, mas no principal, na questão da carreira, avançou muito pouco. A questão do salário conta, como em todo funcionalismo, representa uma parcela importante, mas a luta dos professores neste momento é a valorização da progressão da carreira”, ressaltou o presidente da AdufPB.
Uma outra assembleia com os professores está marcada para a quinta-feira da próxima semana, dia 2 de agosto, e terá um caráter mais definitivo acerca do fim ou não da greve, de acordo com Ricardo Lucena. “Estamos chegando a um equilíbrio entre as duas propostas (do governo e dos professores), mas ainda faltam muitas arestas a serem aparadas. Ainda temos alguns pontos a conquistar durante toda essa discussão. Acredito que a partir do momento que o governo der mais atenção à estrutura da carreira, o fim da greve não irá demorar”, concluiu Lucena.Ainda conforme o presidente da AdufPB, um dos poucos avanços com relação à progressão da carreira foi a participação das próprias universidades no processo de avaliação do crescimento da carreira dos professores, até então exclusivo do Ministério da Educação (MEC). “A normatização do processo, com a nova proposta, passa a ser da própria universidade, dependendo apenas da sanção do MEC, o que na teoria seria um avanço. Mas só quando passar a vigorar de fato é que veremos se trata de uma conquista da classe na progressão da carreira”, completou.
A assembleia que acontece na quinta-feira (26), às 9h, terminará em um ato público às 15h. Professores, servidores e alunos farão uma caminhada com saída prevista da UFPB até Praça da Paz, no bairro dos Bancários em João Pessoa. A greve dos professores federais é nacional e os estudantes já estão há mais de dois meses sem aulas.
Fonte: G1 PB
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