Onze meses depois do primeiro turno das eleições de 2010, a Lei da Ficha Limpa ainda afeta o resultado das urnas. Em Minas GeraisO Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) recontou o quociente eleitoral para a Assembleia Legislativa, acrescentando os votos do “ex-ficha suja” Athos Avelino Pereira (PPS), o que retirou uma vaga da coligação do PSDB, DEM e PP e deu outra cadeira ao PPS, em troca a ser publicada no Diário Oficial nesta sexta-feira.
Com a mudança, o deputado estadual Jayro Lessa (DEM) passa a suplente da coligação do PSDB/DEM/PP e assume o ex-prefeito de Montes Claros, Sebastião Costa (PPS). A troca não afeta a base aliada do governador Antonio Anastasia (PSDB), pois os dois partidos apoiam a administração tucana.
Athos Avelino Pereira foi condenado pelo TRE-MG por abuso de poder político na campanha de 2008, o que o tornaria inelegível se aplicados os critérios da Lei da Ficha Limpa. Em março deste ano, porém, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou que a lei não tem validade para as eleições de 2010, decisão que ainda não se refletiu em todas as candidaturas.
Com votos suficientes para serem eleitos e com o registro de candidatura deferido, o ex-senador Jader Barbalho (PMDB-PA) e o ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) também esperam decisão do STF para tomarem posse no Senado.
Politicapb.
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