O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) vai coordenar a transição para o governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. O martelo foi batido em uma reunião da cúpula do Partido dos Trabalhadores (PT) nesta terça-feira, 1º, em um hotel na capital paulista.
Alckmin irá coordenar uma equipe com 50 nomes, que irá dialogar com integrantes do governo de Jair Bolsonaro (PL), derrotado na eleição presidencial. O ex-governador de São Paulo vai atuar ao lado da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e do ex-ministro Aloizio Mercadante, coordenador do plano de governo – o comando, porém, ficará centralizado no político do PSB. “Alckmin é o vice-presidente da República e tem, mais do que legitimidade, poder político e institucional para conduzir isso.
A decisão do presidente foi nesse sentido”, disse Gleisi ao confirmar a escolha. No início da noite, Alckmin se manifestou no Twitter.
Os trabalhos da transição devem ocorrer, oficialmente, a partir da quinta-feira, 3. Na segunda-feira, 1º, Gleisi Hoffmann conversou por telefone com o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), que se colocou à disposição para facilitar o processo. O senador licenciado é presidente nacional do Progressistas (PP), sigla do núcleo duro do Centrão que dá sustentação ao governo Bolsonaro. A escolha do ex-governador de São Paulo é o primeiro gesto no sentido do cumprimento da promessa de que o inédito terceiro mandato de Lula na Presidência da República. Em 2002, Lula escolheu Antônio Palocci, que depois se tornou ministro da Fazenda, para comandar a transição para seu primeiro governo. Dentro do PT, porém, há quem diga que Alckmin não deve comandar nenhum ministério. Integrantes do partido lembram que o vice-presidente é “indemissível”, o que impede que ele seja eventualmente demitido.
FONTE>JOVEM PAN
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