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Políticos e amigos se despedem de Ronaldo Cunha Lima na Paraíba


Centenas de pessoas foram ao Palácio da Redenção, em João Pessoa, para se despedir de Ronaldo Cunha Lima. O ex-governador morreu aos 76 anos na manhã deste sábado (7) na casa da família na capital. Os familiares, amigos e admiradores de Ronaldo prestaram suas homenagens. “Há uma tristeza enorme, saudade enorme, mas ao mesmo tempo há uma força enorme como se a presença dele estivesse ao nosso lado”, disse Ronaldo Cunha Lima Filho, um dos filhos do ex-governador.


De acordo com Ronaldo Filho, apesar de ter ocupado quase todos os cargos políticos, Ronaldo Cunha Lima gostava de ser chamado de poeta. “Vai ser um eterno poeta”, disse Ronaldo Filho.  “Um humanista , um poeta, um homem público que mostrou que é possível fazer política com decência, com dignidade”, disse o senador Cássio Cunha Lima (PSDB), o filho que seguiu a carreira de Ronaldo Cunha Lima.
O vice-governador Rômulo Gouveia (PSDB), disse que Ronaldo era um humanista. “É uma figura insubstituível do ponto de vista humano. Vai ficar a dor, a saudade e também a contribuição para Paraíba e para o Brasil”, disse.
O governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), decretou luto oficial de três dias. Os prefeitos de João Pessoa, LucianoAgra, e de Campina Grande, Veneziano Vital (PMDB), também decretaram luto.
O velório em João Pessoa está previsto para acontecer até as 20h deste sábado (7) e depois o corpo de Ronaldo segue escoltado para Campina Grande, no Agreste da Paraíba. Está previsto um outro velório no Parque do Povo, local que foi construído durante a atuação de Ronaldo Cunha Lima como prefeito. O enterro acontece no Cemitério Monte Santo às 16h do domingo (8), em Campina Grande.
Ronaldo José da Cunha Lima nasceu na cidade de Guarabira, Brejo paraibano, em 18 de março de 1936. Formado em Ciências Jurídicas, ele era casado com Maria da Glória Rodrigues da Cunha Lima e tinha quatro filhos: Ronaldo Cunha Lima Filho, Cássio Cunha Lima, Glauce Cunha Lima e Savigny Cunha Lima.
Carreira política
Sua história política teve como palco principal a cidade de Campina Grande. Aos 23 anos ingressou na vida pública quando foi eleito vereador. Foram quase 50 anos de carreira política até a renúncia do mandato de deputado federal em 2007, último cargo público que exerceu. Ronaldo deixou o senador Cássio Cunha Lima, seu filho, como principal sucessor na política.
Ronaldo já assumiu cargos no legislativo e no executivo: foi deputado estadual por dois mandatos e em 1969 se elegeu prefeito de Campina Grande, mas teve seu mandato cassado pela ditadura militar. Em 1982 ele foi novamente eleito prefeito da cidade, pelo PMDB, e assumiu o cargo em 1983. No ano de 1990 foi eleito governador da Paraíba, cargo que deixou em 1994 para concorrer ao Senado Federal. Foi senador e em 2002 foi eleito deputado federal. Com problemas de saúde desde 1999, quando sofreu um acidente vascular cerebral, Ronaldo ainda ficou alguns anos na vida pública e deixou o Câmara Federal em 2007, quando exercia o segundo mandato.
A eleição de 1990 foi marcante na trajetória política de Ronaldo. Ele foi derrotado no primeiro turno por Wilson Braga, que já havia governado o estado, mas no segundo turno virou o jogo e venceu com uma diferença superior a 100 mil votos.
Polêmicas
Em função de um processo judicial por tentativa de homicídio contra seu adversário político Tarcísio Burity, Ronaldo renunciou, em 2007, à cadeira na Câmara Federal para escapar de julgamento no Supremo Tribunal Federal. Na época ele fez uma manobra para dispensar o foro privilegiado, na carta-renúncia ele diz que queria ”ser julgado como cidadão comum“. Leia a carta na íntegra.
O atentado contra Burity foi em 1993 e ficou conhecido como ‘Caso Gulliver’, nome do restaurante onde aconteceu o crime. O então governador Ronaldo Cunha Lima deu três tiros no seu antecessor, supostamente motivado por críticas que este teria feito a Cássio Cunha Lima, que era superintendente da Sudene. Burity sobreviveu e morreu dez anos depois vítimas de complicações cardíacas.
O poeta
Conhecido como “Poeta”, Ronaldo Cunha Lima também fez carreira como escritor e teve sua trajetória no cenário cultural imortalizada quando assumiu a cadeira de número 14 na Academia Paraibana de Letras em 1994. “A paixão dele pela poesia surgiu quando ele era criança. Isto porque o avô já era um exímio soletrista”, disse o jornalista Nonato Guedes, autor do livro “A Fala do Poder – Discursos comentados de governadores da Paraíba”.
Uma de suas principais paixões de Ronaldo na Literatura era a poesia do também paraibano Augusto dos Anjos, tanto que em 1988 participou e venceu o programa Sem Limite, da Rede Manchete, que fazia perguntas sobre a vida e obra de Augusto dos Anjos. O presidente da APL lamenta o fato de Ronaldo Cunha Lima ter enveredado pelo ramo da política. “É uma pena que o fascínio da política tenha exercido grande poder sobre a vocação do poeta”, disse Gonzaga Rodrigues.

Política e Eventos Arara PB
Fonte:ExpressoPB Da Redação
Com G1 PB
Foto: Walter Paparazzo/G1

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